Nossa vida, espaço, ambiente e comunidade estão dentro da dimensão ambiental. O ato de proteger a natureza deveria ser considerado uma realidade em todo o território nacional. Entretanto, infelizmente ainda é irreal, podendo ser algo distante e cada vez mais prejudicial para todos(as). Nesse contexto, a dúvida surge e com ela vêm alguns questionamentos reflexivos sobre o ambiente em que vivemos. Tais como: o que fazer para ajudar o meio ambiente em casa? Eu prejudico o meu ambiente? O que eu consumo foi produzido em qual lugar?

Neste mês de Junho, comemora-se o Dia do Meio Ambiente. Logo, é evidente que os avanços das revoluções promovem alterações ambientais e nós contribuímos gradativamente com esse processo.

Relacionando o Brasil nesse contexto, ele contém uma riqueza natural impressionante e única, já que tem muita água em forma líquida, terras agricultáveis, plantas raríssimas, inúmeras espécies animais e, com isso, expressa sua biodiversidade. Contudo, a má gestão de recursos naturais se agrava, na contemporaneidade, com uma bancada ruralista que torna-se um desavanço nos processos de desenvolvimento sustentável.

 

Toras de madeira extraídas ilegalmente da terra indígena Manoki (em Juina/ MT) apreendidas pelo IBAMA | Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil.

No período atual, muitas ações de ativismo ambiental foram reduzidas, mas o avanço do desmatamento cresce cotidianamente em busca da lucratividade e articulando o pensamento etnocêntrico. Um dos principais avanços do desmatamento são a grilagem – uma técnica de roubo de terras para o desmatamento e a obtenção de recursos -. Como afirmou o porta voz da campanha de proteção ambiental da Amazônia da Greenpeace Brasil, Rômulo Batista, “o grileiro não faz home office”, mostrando assim que, em meio a pandemia global, a população de devastadores ambientais estão na busca de monetização contribuindo com o avanço do desmatamento e a promulgação do desequilíbrio ambiental.

Nesse contexto, uma das principais consequências da derrubada florestal são as alterações ambientais, perda da biodiversidade, das culturas, dos povos moradores da área e as mudanças climáticas. Tentam amenizar essas situações, mas a falta de compreensão da dinâmica das florestas e a desinformação promovem apenas o avanço da destruição. É evidente que, na constituição Brasileira de 1988 (artigo 225º), promove-se a preservação ambiental e a diversidade das espécies, mas a Carta Magna é uma utopia no cenário brasileiro atual.

Será que nós podemos mudar isso?
Essa dúvida gera muita incerteza, devido à falta de liberdade de expressão presente na atualidade. Mas algumas ações podem e devem ser tomadas para que a comunidade do desmatamento não se sinta superior e consiga ouvir a opinião de todos(as). Um site muito usado por usuário para ver informações reais e conhecer alguns projetos socioambientais é o do Greenpeace Brasil, entidade na qual sou ativista. Nesta plataforma, você terá um conhecimento expandido sobre ações de desmatamento, proteção animal e enfrentamento aos agentes que buscam destruir a natureza.

Dá pra diminuir o impacto ambiental mudando a forma como nos alimentamos, acredita? | Foto: Divulgação/ Blog Liv Up.

 

Agora, vamos buscar algumas soluções dentro de nossas casas (já que sair não pode, por causa do COVID-19).

A minha alimentação tem relação com o desmatamento?
Sim, porém depende. O que você consome vem de qual lugar, você sabe? Qual é o caminho dos grãos que chegam até sua mesa? E a carne? E os derivados da carne? Essas perguntas nos fazem refletir sobre o ambiente que estamos vivendo. Talvez, muitas delas você tenha ficado sem respostas… Mas sem problemas! Que tal, a partir de hoje, você começar buscar a origem desses produtos e reduzir o consumo de carne?

Mas… O que a carne tem a ver com o desmatamento e a poluição ambiental?
Caso você esteja com essa pergunta, muitos dos produtos que contém origem animal (e como nós, os animais consomem muita água, território e comida), eles contribuem para o aquecimento global, ainda mais os ruminantes, que liberam CH4 através do “pum” e, principalmente, por meio da boca e das narinas, promovendo assim a liberação de gases que prejudicam a Camada de Ozônio, deixando mais raios solares/ raios ultravioletas atingirem o planeta, alterando o clima.

Eu preciso parar de comer carne?
Não. Caso você queira, EXCELENTE! Contribuirá ainda mais para a redução dos efeitos ambientais negativos! O ideal seria você tirar um dia da sua semana e fazer o chamado #diasemcarne. Isso já ajudará muito! Quer saber quanto? Vejam as informações no site da Sociedade Vegetariana do Brasil.


Apenas com a redução de 220g de carnes, você já ajuda o meio ambiente. Incrível, né?


Mas… O que mais eu posso fazer?

Que tal poder plantar você mesmo seus temperos, chás, verduras e até mesmo fruteiras?
Plantar e poder ver a evolução de sua própria horta funciona como uma terapia e promove a proteção ambiental, já que você estará usando recursos de sua casa, sem agrotóxicos, poluição e desmatamento.

Você pode ser criativo (ainda mais neste período de isolamento social). Junte sua família, crie hortas, use potinhos que seriam jogados fora… Crie algo único, incrível e que seja a sua cara, protegendo você e a sua família!

Uma horta organizada dessas, minha gente?! hahah | Foto: Jardineiro.net

Também não se esqueça de evitar o uso de produtos plásticos, como copos e pratos descartáveis. Eles são prejudiciais para a natureza e contribuem negativamente para as espécies marinhas; muitas acabam morrendo devido a ingestão destes recursos considerados “inúteis” e podem ser substituídos.

Se você chegou até aqui, obrigado! Você pode fazer a diferença e organizar o meio ambiente de uma forma linda e justa, lutando com a sua opinião e como afirmou o filósofo Francis Bacon, “você só pode vencer a natureza, obedecendo-lhe”.


Artigo escrito por Kaue Grotto
Kaue é estudante do Ensino Médio na cidade de Jaborá (SC). Participou do Programa LALA (Latin American Leadership Academy), é ativista na ONG Greenpeace e fundou o Instagram @studies.kg e atualmente é Embaixador de uma das maiores plataformas de educação do Brasil, o Descomplica. Também busca ensinar pessoas com métodos de estudos e promove materiais de apoio da língua estrangeira para adolescentes de sua cidade.

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