Você já parou pra pensar que a Educomunicação pode ser um mecanismo de promoção da iniciação científica? Ou seja, a educom, pode mobilizar adolescentes e jovens à prática da pesquisa científica, sejam eles(as) do Ensino Médio, da graduação e até mesmo do Ensino Fundamental (sim, o Marista Escola Social Ecológica, de Almirante Tamandaré/ PR, já faz isso, por exemplo).

Através da prática educomunicativa da realização de entrevistas com pesquisadores(as) e cientistas, de sequências didáticas que promovam metodologias ativas de busca de informações sobre o assunto e da produção de vídeos colaborativos, é possível gerar reflexões e ações práticas de iniciação científica desde cedo. De modo geral, a regra de ouro é envolver essas juventudes nos processos de compreender e comunicar o que é iniciação científica e como podem fazer suas pesquisas desde a adolescência.

Exemplo Prático |  Acesse este artigo científico de pesquisadoras da Embrapa de Rondônia, da Escola Estadual Murilo Braga e do Murilo Braga, Museu do Babaçu da Amazônia, intitulado “Educomunicação em projeto de iniciação científica e popularização da ciência florestal”, publicado e apresentado no 2º CONEDU – Congresso Nacional de Educação.

 

🎬 Um vídeo para ajudar a conversar com as juventudes sobre fichamentos

Na última segunda-feira (29/07/2024), disponibilizamos no Youtube um pequeno vídeo introdutório sobre a prática do fichamento, que pode ser útil para começar a pensar nos benefícios desse hábito, contendo 3 dicas básicas do que pode conter nesse documento. Assista a seguir!

📝 A prática do fichamento e dos registros de leitura na contramão de uma  modernidade líquida

Nos processos de iniciação científica, a leitura de materiais de referência é fundamental para coletar visões de outras pessoas que já estudaram a temática que o(a) adolescente ou jovem também quer pesquisar. Nesse processo de leitura, a prática do fichamento pode ajudar bastante esses(as) jovens pesquisadores(as) a não tratarem esse hábito como algo banal e a perceberem que pode ser um costume que os ajudará no futuro, quando precisarem revisitar a obra para reencontrar trechos importantes, anotações potentes, observações que lhe chamaram atenção e/ou até mesmo se inspirarem para produções de artigos científicos.

Nesse sentido, a prática do fichamento se torna um meio simbólico de mostrar aos adolescente e ao jovem que as suas leituras e práticas de pesquisa não precisam ser algo meramente passageiro e desvinculado de seu futuro. Na verdade, um livro lido hoje pode precisar ser citado em um trabalho futuro e que a vida de um(a) pesquisador(a) pode fazer com que as pessoas se especializem em um determinado campo e se torne referência naquele assunto.

Antes de chegar à etapa do fichamento, é preciso antes conhecer as etapas de criação de um projeto de pesquisa, pensar em seu tema, objetivos, justificativa, hipóteses, procedimentos metodológicos, a qual pergunta a pesquisa precisa responder para então realizar uma pesquisa bibliográfica. | Foto: Cottonbro/ Pexels.

⌛ Um pouquinho da história brasileira da iniciação científica no Ensino Médio

Um artigo publicado por duas pesquisadoras brasileiras, publicado na revista científica Pesquisas e práticas psicossociais, em 2015, aponta que os programas de Iniciação Científica no Ensino Médio (IC/EM) vêm sendo desenvolvidos no país deste meados dos anos 1980. Em resumo, são fruto de políticas públicas educacionais, institucionalizadas e financiadas principalmente pelo Estado, se configurando como mecanismo de educação científica e de inclusão social das juventudes.

“Subvertendo o modelo pedagógico tradicional, a metodologia dos Programas de IC/EM consiste na participação ativa de jovens oriundos das redes pública e privada, da educação básica e tecnológica, com disponibilidade integral para os estudos, no cotidiano dos contextos formais de pesquisa, em universidades, institutos de pesquisa e tecnológicos, sob a orientação de pesquisadores qualificados”, Shirley Arantes e Simone Peres.

 

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📚 Referências Bibliográficas

ARANTES, Shirley de Lima Ferreira; PERES, Simone Ouvinha. Programas de iniciação científica para o ensino médio no Brasil: educação científica e inclusão social. Pesquisas e práticas psicossociais,  São João del-Rei,  v. 10, n. 1, p. 37-54,  jun.  2015 .  Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ppp/v10n1/04.pdf>. Acesso em  29 Jul. 2024, às 22h20.

OLIVEIRA, Vânia Beatriz Vasconcelos de; BENTES, Michelliny Pinheiro de Matos; CORREA, Carmem Silvia Andrade; SILVA, Izabel Cristina. Educomunicação em projeto de iniciação científica e popularização da ciência florestal, Fortaleza, Anais II CONEDU… Campina Grande: Realize Editora, 2015. Disponível em: <https://www.editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/15924>. Acesso em: 29 Jul. 2024 , às 23h10.

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Jornalista, educomunicador, membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos no Paraná (2016-2018) e cofundador do coletivo Parafuso Educom. Além de produzir conteúdo para o portal Universo Educom, também escreve para a AJN - Agência Jovem de Notícias, Revista Viração e blog 'Educação e Mídia', da Gazeta do Povo. Desde 2015 é associado à ABPEducom - Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação.