Já está disponível para acesso público, desde de janeiro de 2016, a plataforma de vídeos que valorizam a produção audiovisual cuja equipe técnica seja formada por pessoas negras, sejam como atores/ atrizes ou produtores/ equipe técnica. A acessar o Afroflix, há a disponibilização gratuita de diversos títulos divididos em categorias como ‘Documentário’, ‘Experimental’, ‘Ficção’, ‘Programa’, ‘Série’, ‘Videoclipe’ e ‘Vlog’.

Mande seu vídeo!
Se você é uma pessoa participante da equipe de produção (pode ser negro ou não), já pode enviar seu material para ser integrado à plataforma. Basta preencher este formulário com dados técnicos informando também o link de acesso ao vídeo e aguardar o processo de curadoria/ seleção e a resposta final.

Além da plataforma, também é possível acompanhar postagens do Afroflix pelo Twitter e pelo Facebook.

O Afroflix é uma ação segregacionista dos(as) próprios(as) negros(as)?
Não é. E isso pode ser compreendido se recorrermos à pesquisas científicas, por exemplo. Uma matéria do Jornal O Globo, publicada em março de 2016, citou dados alarmantes levantados pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Segundo apontamentos do Gemaa, entre 2002 e 2014, homens brancos dominaram o elenco principal das 20 maiores bilheterias de cada um daqueles 13 anos pesquisados. De acordo com o que foi publicado n’O Globo, os homens brancos também ficaram com 45% dos papéis mais importantes. ”Depois vêm mulheres brancas (35%), homens negros (15%) e, por último, mulheres negras (apenas 5%). Em 2002, 2008 e 2013, simplesmente nenhum filme analisado pelos pesquisadores foi protagonizado por uma mulher negra”, sistematizou a reportagem que pode ser lida por completo aqui.

Informações como essas apontam que o trabalho de negros(as) no audiovisual carece de ampliação, investimento e de visibilidade. A equipe do portal Universo Educom parabeniza e indica a iniciativa 😉 Sucesso e vida longa pra vocês, pessoal do Afroflix! #NósPorNós

Educomunicadores(as) certamente vão gostar do material que já está na plataforma e poderão criar meios alternativos de utilizar os vídeos em oficinas e atividades de educação formal e informal.


*A ideia para esta matéria surgiu por meio de uma dica da nossa leitora Juliana Cristina Cordeiro, que é jornalista e comunicadora negra em Curitiba (PR).

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Blog criado para promover a educomunicação entre adolescentes, jovens, educadores(as) e pesquisadores(as) interessados(as) no assunto.