A ABPEducom – Associação Brasileira de Pesquisadores(as) e Profissionais em Educomunicação já está com as inscrições abertas para a 10ª edição de seu Encontro Brasileiro de Educomunicação, inclusive com opção de “valor social” e condições especiais para associados(as) e estudantes. Neste ano, o evento acontecerá em Brasília (DF), sede dos poderes Legislativo (Câmara Federal e Senado), Executivo (Palácio do Planalto) e Judiciário (Supremo Tribunal Federal), o que dialoga de forma extremamente íntima com o tema do encontro, “Educomunicação e políticas públicas: a urgência da participação social para a cidadania”.
Prática de educomunicação no Brasil é forte graças ao trabalho de entidades sociais e universidades
A Educomunicação sempre encontrou diversos desafios para a sua consolidação enquanto política pública no Brasil. Atualmente, podemos afirmar que a prática educomunicativa se difunde, sobretudo, a partir da experiência de organizações da sociedade civil que atuam no campo dos direitos da criança e do adolescente, das juventudes, do direito à comunicação, e da educação ambiental; há de se destacar também o importante papel de universidades, que desenvolvem projetos de extensão, grupos de pesquisa e mantém núcleos que desenvolvem projetos educomunicativos.
Quando o assunto é a implementação da educomunicação por força de decretos ou de legislações municipais e estaduais, podemos classificar essa prática como raridade. Os exemplos de iniciativas como as existentes nas cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Andirá (PR) e Cubatão (SP), por exemplo, são raridades. Apesar de extremamente relevantes, são muito pontuais, se considerarmos a partir da ótica quantitativa e de números absolutos em relação à numerosa quantidade de municípios brasileiros.
Pautar políticas públicas que fortaleçam a participação cidadã e a prática da educomunicação não poderia ser mais oportuno para um momento tão especial para a 10ª edição do evento.
Quem tem medo de políticas públicas de Comunicação e Educação?
Os entraves de promoção de uma educação libertadora e libertária, bem como de uma comunicação que seja, de fato, democrática, podem ser vistos como absolutamente perigosos para grupos que não desejam que crianças, adolescentes e jovens se tornem cidadãos críticos, leitores(as) de mundo e de mídias. Não é à toa, por exemplo, que têm surgido na última década, movimentos assustadores como o de implementação de escolas cívico-militares, tentativas de exclusão das disciplinas de Filosofia e Sociologia do currículo obrigatório, bem como o apelo pelo homeschooling (ensino domiciliar). Fomentar políticas públicas de comunicação e educação, portanto, é fundamental para a emancipação e formação de cidadãos mais conscientes, críticos e preparados para agir num mundo de profundas desigualdades sociais e econômicas, em que os veículos de comunicação de massa ainda exercem forte influência na formação da opinião pública.
Homenagem ao autor de “O Povo Brasileiro”
O evento também presta homenagem a Darcy Ribeiro, considerado uma das mentes que interpretou o Brasil, fundador da Universidade de Brasília (UnB), além de ter sido pioneiro no campo da mobilização social e política para a criação e desenvolvimento de políticas públicas transversais entre a Educação e a Comunicação, com olhar especial para o audiovisual (cinema, televisão e vídeo). Nasceu em Montes Claros (MG), em 1922 e morreu em Brasília (DF), em 1997. Foi antropólogo, romancista e político brasileiro.
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