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A interação e interatividade dividem opiniões sobre seus conceitos. Alguns pesquisadores(as) não fazem distinção entre eles, outros(as) classificam interação referindo-se a relações humanas e interatividade como a relação homem-máquina. Belloni (2008) faz uma distinção entre interação e interatividade. Para a autora, interatividade pode ser vista como virtualidade técnica e a interação se dá entre as pessoas, podendo ser mediada pelas máquinas, como explica em sua obra Educação à distância:

 

Ação recíproca entre dois ou mais atores onde ocorre a intersubjetividade; isto é, encontro de dois sujeitos – que pode ser direta ou indireta (mediatizada por algum veículo técnico de comunicação). (BELLONI, 2008, p. 58)

 

Interatividade, por sua vez, seria a capacidade de comunicação compartilhada, através de um equipamento, entre duas ou várias pessoas. Temos assim, a possibilidade de articular a emissão e a recepção de informações ampliando o espaço da discussão. Inúmeros recursos de interação/ interatividade estão disponíveis na web onde é possível se comunicar, criar e construir coletivamente.

 

No que tange a interação mediada por computador, teremos interatividade de uma maneira globalizada, rompendo barreiras geográficas e territoriais. Dessa forma, o envolvimento entre pessoas, reciprocamente provoca ações e reações referentes a um determinado objeto ou assunto tratado, levando em consideração o meio e a sua realidade bem como a sua compreensão desta, sendo necessário que haja uma relação de cooperação, através de um meio tecnológico como, por exemplo, rede social, blog, entre outros.

 

Segundo a perspectiva construtivista de Piaget (1982) a aprendizagem gera conhecimento a partir de uma interação entre o sujeito e o meio, entre o sujeito e o objeto e entre os sujeitos envolvidos e através da forma como o sujeito opera a realidade para transformá-la e/ou compreendê-la.

 

A modalidade de Ensino à Distância cada vez mais está se dissipando e tornando-se uma das mais importantes ferramentas de propagação do conhecimento e da difusão de informação. Para isso, utiliza-se das mais variadas ferramentas pedagógicas, dos mais avançados meios tecnológicos de comunicação virtual que, conectam em uma interação, para isso, é necessário que haja uma interatividade tecnológica de comunicação. Existem hoje, inúmeros meios tecnológicos que a favorecem, mas, nem todos qualificam a interação do aluno. Para isso é indispensável que haja recursos pedagógicos, estratégias, materiais, fontes bibliográficas, intervenções e metodologias diferenciadas para que ocorra essa qualificação.

 

A interação no contexto virtual de ensino, segundo Barros e Crescitelli (2008, p. 75), se conduzida adequadamente, “(…) viabiliza a formação de comunidades e é fundamental para assegurar processos pedagógicos cuja centralidade é colocada no aluno que constrói o conhecimento”. Essas ferramentas podem ocasionar uma nova forma de interação social, ou seja, uma nova forma de uso da língua como uma prática interativa.

 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, Kazue Saito Monteiro de; CRESCITELLI, Mercedes Fátima de Canha. Prática docente virtual e polidez na interação. In: MARQUESI, Sueli Cristina; ELIAS, Vanda Maria da Silva; CABRAL, Ana Lúcia Tinoco (orgs.). Interações virtuais: perspectivas para o ensino da Língua Portuguesa a distância. São Carlos: Editora Clara Luz, 2008.

BELLONI, M. L. Educação à distância. 5ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2008.

PIAGET, Jean; INHELDER, Bärbel. A psicologia da criança. São Paulo: DIFEL, 1982.


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